sobretvdo transforma questões emocionais em catarse no EP de estreia

Após estrear com uma sequência de singles e clipes, a banda paulistana sobretvdo faz de seu primeiro EP uma coleção de crônicas urbanas sobre dilemas da atualidade. O trabalho homônimo coloca o projeto no mapa da cena independente nacional com uma mescla dançante de diferentes estilos de rock com um viés pop e moderno. O EP chega com um registro ao vivo em estúdio para duas das canções do álbum.

Ouça “sobretvdo”: https://bit.ly/SOBRETVDO_EP 
Assista à “4uarentena Session”: https://youtu.be/WuQbim5QhoM 

As faixas foram compostas entre 2017 e 2018, mas o duo formado por Gustavo Santos (vocal, baixo, guitarra, violão) e Fábio Oliveira (bateria, teclado, percussão, baixo) gestou o projeto ao longo dos anos e em meio à pandemia, amadurecendo sua sonoridade múltipla. Nas letras, sobretvdo aborda de ansiedade e depressão (“Antidepressivos”), feminismo e machismo (“Deixa Ela Dançar”), descanso e nostalgia (“No Litoral”), e impaciência com as pessoas (“Não Vou Parar”). 

“O EP é a materialização da ideia original da banda: apresentar músicas que abraçam estilos diferentes e que abordam nas suas letras assuntos relacionados a experiências que vivenciamos e a situações que vemos todos os dias. Queremos que através deste EP o público tenha uma amostra do que queremos construir musicalmente e artisticamente: expressões artísticas que se conectem com o que vivemos hoje”, resume Gustavo.

São quatro músicas – os dois primeiros singles, “Deixa Ela Dançar” e “Antidepressivos”, além de duas inéditas: “Não Vou Parar” e a solar “No Litoral”. O EP se encerra com uma nova interpretação de “Não Vou Parar” em clima lo-fi. A gravação se dividiu entre abril e julho de 2018, com a maior parte sendo feita no home studio de Binho e Gus, uma experiência livre de pressões para produzir da forma que acreditavam. Outra parte das gravações foi feita no renomado estúdio Costella pelos engenheiros Capileh e Chuck Hipolitho – exceto quando o próprio Hipolitho assumia as percussões, em “Deixa Ela Dançar” e “Não Vou Parar”.

“Houve uma preocupação de trabalhar com elementos músicas diferentes em cada uma delas: em ‘Deixa Ela Dançar’, utilizamos ritmos mais pop, guitarras jingadas à lá Maroon 5, e um arranjo de sopros nas partes finais. ‘Não Vou Parar’ utiliza bastante sintetizadores e efeitos nos instrumentos, sem contar a versão lo-fi da mesma música. ‘Antidepressivos’ já remete a uma sonoridade rock e emo dos anos 2000, totalmente coerente com a temática. E por fim, ‘No Litoral’ flerta com elementos de MPB com violão e elementos de percussão acústica”, relembra Gus.

Agora, a banda planeja levar o EP para os palcos. Enquanto isso não é possível de forma irrestrita, eles mostram a energia de suas músicas ao vivo na 4uarentena Session – uma gravação em estúdio das faixas “Não Vou parar” e “Deixa Ela Dançar”, realizada no Family Mob. O vídeo dessa gravação – apenas o segundo encontro presencial de Gustavo e Fábio desde que começou a pandemia – chega ao YouTube juntamente do EP nas plataformas.

Ficha técnica

EP
Composição: Gus e Binho
Produção: sobretvdo
Gravação: Estúdio Costella (Vocais e Percussão); Home estúdio Gus e Binho (demais instrumentos)
Mixagem: Estúdio Costella (Deixa Ela Dançar, Antidepressivos); Home Studio Gus (No Litoral, Não Vou Parar, Não Vou Parar (LoFi))
Masterização: Estúdio Costella (Deixa Ela Dançar); Home Studio Gus (No Litoral, Não Vou Parar, Não Vou Parar (LoFi), Antidepressivos)
Capa do Álbum: Iris Yamamura
Fotos Promocionais: Gabriela Queiro
Styling: Iconi Neves e Juliana Garcia
4UARENTENA SESSION:
Captação e Edição: Estevam Romera
Captação: Maya Melchers
Mixagem e Masterização: Family Mob
Engenheiro de Som: Otavio Rossato

Diego Fernandes Escrito por:

Bebedor desenfreado de café, Diego é desenvolvedor front-end e professor. É o fundador do Duofox. Na literatura não vive sem os russos Tolstói, Dostoiévski e Anton Tchekhov e consegue "perder" tempo com autores da terra do Tio Sam, Raymond Chandler e Melville. Acredita que a arte de maneira geral é a única forma de manter o ser humano pelo menos acordado, longe do limbo que pode levar a humanidade à Encruzilhada das Almas.

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