4 Segredos na hora de escolher um livro para ler

Muita gente deve ter a curiosidade de saber quais os principais critérios a serem considerados na hora de escolher um livro para leitura.

Podemos dizer que são muitos. Mas não é tão complicado apontar pelo menos 4 desses segredos na escolher um livro, seja antes da compra num site, livraria (raridade infelizmente, levando em conta o preço das edições em lojas físicas) ou pedir emprestado para aquele seu amigo.

Autor ainda conta bastante

Esse na verdade não é um segredo, e sim uma coisa que todo mundo deveria saber, desde leitores mais maduros até os mais jovens em suas primeiras leituras. Se temos o nome do livro indicado por alguém, que tal saber um pouco sobre o escritor antes?

Isso nos poupa muita decepção durante a leitura. Nacionalidade, temas que costuma abordar em suas obras, quais as melhores e mais aclamadas obras e o que a crítica diz do autor em si, como ele é ou era como ser humano antes de ser um escritor.

Não ler resenhas ou assistir análises em vídeo no YouTube antes da leitura

Aqui pode ser que gere polêmica, entretanto a ideia é expor uma das infinitas possibilidades para ajudar vocês na hora de selecionar um livro para leitura. Embora pareça uma coisa evidente, muita gente faz isso antes de abrir as páginas de um romance.

Ler análises é algo muito bacana, assim como ver os milhares de vídeos no YouTube falando sobre livros, autores e por ai vai. O problema é que ao ler resenhas ou assistir muitos desses vídeos você pode se auto influenciar demais e estragar a magia da coisa, que no caso da leitura, está em refletir, construir visões, tirar conclusões e levantar questionamentos para aumentar nosso senso crítico.

Sebos são ótimas opções de compra. Assim como sites de livros usados, diversas edições e traduções

Uma resenha de um Youtuber pode sim ser ótima (muitas são) mas eu posso achar uma merda ler A Revolução dos Bichos, já você pode amar esse romance de um dos maiores escritores ingleses do século passado.

Outras opiniões são válidas, claro, porém, experimente apenas ler uma sinopse do livro que pretende ler e leia, sem ter em mente as críticas e opiniões de outros leitores. Depois disso vá atrás de resenhas, análises, vídeos ou teses de doutorado sobre ele. Tente e depois veja os resultados.

Escolha uma tradução e edição decentes, por favor!

A tradução dos livros e as edições se puderem ser escolhidas a dedo melhor. As vezes, claro, nosso professor ou amigo joga pra gente uma ediçãozinha pífia de um clássico ou best-seller e ficamos sem graça de recusar.

Uma tradução boa, assim como uma edição decente faz diferença na leitura. Primeiro, fuja de traduções indiretas, um exemplo bacana são com as obras russas de Dostoiévski, se traduzidas do russo para o francês, e depois do francês para o português, perderá grande parte de sua essência linguística.

Por esse motivo devemos sempre que possível, optar por editoras que costumam traduzir de forma direta, pois assim estaremos lendo o livro mais próximo do que o autor realmente escreveu, e não um apanhado de traduções das traduções.

Além disso, a edição decente envolve a coloração das páginas. Amarelas ou brancas? A primeira é mais confortável para leitura, cansa menos pois não reflete a luz ambiente, a branca, faz exatamente o contrário, se conseguir, leia somente páginas amarelas.

Páginas amarelas proporcionam uma leitura mais leve e confortável, principalmente se lemos durante horas seguidas.

Outro ponto sobre edição, é o ano e editora. Existem editoras que pecam no acabamento, mas compensam nos outros quesitos e vice e versa. Livros muito antigos tem a linguagem rebuscada demais, para quem gosta, ótimo, quem não, busque as edições que acabaram de sair do forno e contam a uma linguagem modernosa.

Leia se possível os clássicos e não só best-seller

Calma, não estou dizendo que não se pode ler best-seller. Podemos dizer que a escolha literária de cada um é indiscutível, mas só até certo ponto.

É importante ler de tudo, e quando mais melhor, todavia, ter acesso e contato com obras clássicas da literatura ao invés dos livros que vendem mais que água na praia é contribuir significativamente com seu desenvolvimento intelectual.

Obras clássicas como Moby Dick, Dom Casmurro, Irmãos Karamázov e tantas outras de outros tempos conseguem abarcar e nos mostrar infinitamente as faces de sociedades e elementos culturais que jamais poderemos ter contato novamente. Elas nos falam do passado e através delas podemos nos conhecer melhor.

O leitor deve encontrar a história que mais o agrada, isso é um fato

Absorver as metáforas e temas e as visões que autores de séculos passados tiveram sobre determinado assunto é algo de riqueza inigualável.

Um best-seller praticamente segue um modelo, padrões modernos de escrita feitos para vender. Clássicos são diferentes, pois nos transportam para um universo mais profundo e questionador, essencial nos tempos de hoje.

Essas foram algumas dicas para que suas próximas leituras sejam mais bacanas. Se você discorda ou acha legal acrescentar outro segredo sobre como escolhe os livros que vai ler, deixe nos comentários.

Boa leitura, compartilhe esse artigo com aquele seu amigo viciado em best-sellers e até a próxima.

Felipe Terra Escrito por:

Professor e amante da arte literária, atua na área da educação desde 2011. Viciado na música de Bach, Mozart e Chet Baker, e na literatura de Raymond Chandler, Ross Macdonald e Paul Auster. Ama escrever e acredita que poderia ler mais, porém, precisa dormir, infelizmente. Consegue passar horas jogando pôquer ou xadrez com os amigos. Degustar pizzas de queijo e bacon é um dos passatempos prediletos em horas de fome extrema.

seja o primeiro a comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *