4ª Dimensão – O Trap Music direto dos confins do Tucuruvi

A entrevista da semana vem dos confins do Tucuruvi.

Gnomo, Pardall, Grone e Stanley, eles fizeram nascer a Batalha do Tucuruvi, inspirados nas grandes batalhas de rima que corriam lá pelas bandas da Zona Norte.

Com o sucesso da batalha, surgiu a ideia de um grupo de RAP, pois estavam todos sempre unidos na cena musical de São Paulo rimando e se aglomerando por ai. Foi então que brotou o Quarta Dimensão.

Ao fundo, DJ Raul, da esquerda para direita, Pardall, Gnomo e Grone, num dos shows em São Paulo

Essa semana conversamos com o Gnomo, um dos membros do grupo que atualmente conta com os integrantes, Pardall, Grone e no lugar de Stanley, que decidiu focar na carreira áudio-visual, chegou o DJ Raul. A partir dai o estilo do grupo foi se desenvolvendo e rumando para outras vertentes, como o Trap Music.

As músicas do grupo nos fazem refletir sobre as adversidades e conflitos sociais. Falam de força de vontade, fé e muita coragem para enfrentar o mundo rugindo lá fora, feito um leão, pronto pra engolir os que estão largados a mercê de um sistema cada dia mais opressor.

Apresentações feitas, vamos pra cima!

1 – Antes de mais nada, estamos todos curiosos, por que Gnomo?

Ah então, esse apelido surgiu desde os tempos das batalhas de rima, estávamos no inverno e por causa da barba grande e da toca de frio, me batizaram de Gnomo!

2 – Quais as principais influências e como consegue absorver essas influências sem se tornar apenas mais um na cena musical?

Roddy Ricch, Filipe Ret e Sabotage, são estilos muito diferentes, na verdade tem mais uma porção deles que eu poderia citar e acrescentar na lista. Ouço diariamente muita coisa. Creio que por esse motivo de ouvir coisas que se distanciam bastante não acabe caindo na mesmice.

 Gnomo pobre louco, mandando aquela rima
3– Como ganhar espaço numa cena musical em que o Funk e o Sertanejo ainda reinam como os queridinhos da galera?

Na realidade hoje em dia a cena do TRAP está crescendo muito, ainda bem. E posso dizer que está se popularizando tanto quanto o sertanejo e o Funk. Por isso é legal sempre buscar produzir algo diferente, com uma produção boa, e é claro, com um pouco de investimento é possível ir conquistando espaço.

4 – Conta pra gente um fato curioso ou dificuldade que surgiu durante a gravação do clipe de Vivendo como um Rei?

Um fato curioso sobre esse clipe foi que ele bateu 1.000 views em um dia no YouTube. Ficamos surpresos, claro. Afinal era a primeira música do canal.

Acho que a maior dificuldade foi trazer a equipe de gravação de São Paulo para Bom Jesus dos Perdões, foi um corre danado, mas acabou que deu tudo certo!

5 – Agora 3 filmes e 3 álbuns que você assistiria e ouviria sem parar até morrer.

Levaria na certa pra assistir sem parar Cheech and Chong – queimando tudo, Nosso Lar e A espera de um milagre. Para ouvir restaria “Vivas” do Filipe Ret, “Heaven Or Hell” do Don Toliver e pra fechar o “The Dark Side of the Moon” do Pink Floyd.

Letras que nos levam a pensar sobre a realidade social e a perversão do sistema caótico em que vivemos.
6- Diz aí, 5 bandas ou cantores (as) que você levaria para outro planeta se houvesse um apocalipse zumbi?

Difícil escolha, mas salvaria os Barões da Pisadinha, Sidoka, Quarta Dimensão, Snoop Dogg e Imagine Dragons!!

7 – Qual mensagem você deixaria para quem está começando nessa caminhada em busca de um espaço na cena?

A mensagem que eu deixaria é que só depende da pessoa, ela tem que querer muito isso e se esforçar bastante, persistir, que é só questão de tempo. A arte no país é um terreno pedregoso, mas se o cara tem garra e fé a coisa vem na hora certa.

Confira o clipe da música Vivendo como um Rei!


 

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Felipe Terra Escrito por:

Professor e amante da arte literária, atua na área da educação desde 2011. Viciado na música de Bach, Mozart e Chet Baker, e na literatura de Raymond Chandler, Ross Macdonald e Paul Auster. Ama escrever e acredita que poderia ler mais, porém, precisa dormir, infelizmente. Consegue passar horas jogando pôquer ou xadrez com os amigos. Degustar pizzas de queijo e bacon é um dos passatempos prediletos em horas de fome extrema.

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