As cem melhores crônicas brasileiras por Joaquim Ferreira dos Santos

 No cardápio da ala kids dos restaurantes que vamos não pode faltar sopa de letrinhas. E disso, eles sabem bem!! Está certo, mas eles quem?? Calma amigo futuro leitor, calma, já chego lá para você.

Mas antes, preciso informá-los! A dica de hoje é um livro maravilhoso! Uma bíblia da crônica brasileira. As Cem Melhores Cônicas, organizada pelo jornalista Joaquim Ferreira dos Santos.

Esta coletânea incrível, reúne as cem melhores crônicas nacionais, de artistas diversos. De escritores a poetas, de jornalistas a músicos.

As cem melhores crônicas brasileiras Livro por Joaquim Ferreira dos Santos

Divididos por décadas, podemos classificar as crônicas como peças raras. Saindo da mesmice, como gênios que saem de lâmpadas, a vida e seus percalços do cotidiano são narrados de uma forma leve, crítica, e por vezes engraçada.

Veja a estirpe dessa gente: Tem Rubem Braga, Carlos Drummond de Andrade, Nelson Rodrigues, Clarice Lispector, Rubem Braga (de novo), Chico Buarque, Vinicius de Moraes, Aldir Blanc, Rachel de Queiroz entre tantos.

Existe alguma chance de dar errado? Existe. Se você o esquecer em casa naquela tarde agradável de sol, na praia ou na piscina. Um livro coletânea desses, pesado e rico é um prato cheio no cardápio de principiantes leitores, ou até mesmo de prematuros na escrita. 

Sabe na infância, aquela fase do cadeirão? Exato!

Comidinha caseira, amassada ou batida, famosa pelo nome de papinha. E o cheiro que fica pela casa? A gente se lambuza não é mesmo? Temos ajuda até do nariz para comer. Uma bagunça gostosa e variada. Pode ser servida frio, ou morna, não importa. Se muito quente, pode queimar a língua – assim como ler depressa, passando os olhos podem fundir sua cabeça.

Todos os dias entre um legume diferente e uma carne, as texturas e sabores vão moldando o paladar. Mais importante que isso, ativa o nosso desenvolvimento, estamos engatinhando, resistentes, e de repente já andamos. Comida caseira é amor! Fundamental!!

Um livro como esse é um bê-á-bá literário. São as referências diversas contidas nele que vão nutrir, nos dar fundamento, abastecer o intelecto; e isso é só um começo. Até andar sozinho tem chão. Alguns Maracanãs para percorrer. Nada demais. O tempo na leitura é relativo.

Eu sou um principiante nesse universo crônico das crônicas. Eu quase não compro livros. Esta coletânea por exemplo, me foi emprestada.

Ele me espera com sua capa vermelha cheia de nomes, todos os dias na cama, sempre na mesma hora depois do almoço,13 em ponto. Me deito, abro em qualquer página e mergulho nessa sopa de letrinhas. Estou salivando só de contar de como leio e saboreio o variado cardápio.

O meu cardápio é feito com muito esmero por eles. Eles quem?? Era a pergunta do começo, lembra?

Pois bem, vou responder então: Os meus padrinhos!!! Eles se chamam Diego Fernandes e Felipe Terra respectivamente. Moramos numa casa virtual chamada Duofox.

Já tenho quase um ano de casa. Ali dentro deste recinto, eles puxam a orelha, orientam, elogiam, tiram barato. De nada lembram nossos avôs – pais carrascos de nossos pais nos anos 50 – e que muitos dos cronistas deste livro escreviam suas anedotas nesta época.

Diego é um careca bonzinho. Tem o dom de brigar e você ainda sair agradecido pela bronca. Felipe já deu volta olímpica em algum estádio de futebol e tem a sorte de ser filho do Sr. Antonio, barbeiro experiente, e que por isso está sempre com a barba bem desenhada.

Acompanhando meu desenvolvimento tosco de perto, eles observam bastante se o tempo vai abrir no céu da minha janela algum dia. Estão sempre confiantes que uma hora eu vou andar sozinho por aí.

Eles me emprestaram este livro. E não foi o primeiro. Muitos ainda virão. Me chamo Pascoal Augusto Cepoline, mais conhecido pela alcunha de Tito Cepoline. Ainda estou em busca do tempo perdido, e de uma crônica publicável!!!

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Tito Cepoline Escrito por:

Entrou para compor o timaço do podcast ABUTRES NÃO OUVEM JAZZ, formando o power trio mais improvável e pra lá de especial. Apaixonado por viagens e artes no geral, em especial a música, tem ouvido aberto para vários estilos, alguns bem peculiares e passeia na linha que vai do jazz ao hardcore. Viagens e Música não são meros itens na prateleira!! Seguindo essa máxima, segue na luta diária de promover, divulgar, incentivar cultura, arte independente, lugares pitorescos, praias belíssimas que tanto são necessários para nossa sobrevivência!!

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