Banana Scrait faz mergulho no afro-samba de Baden e Vinicius em single “Berimbau”

O duo cearense Banana Scrait segue reinventando sua sonoridade em seu novo projeto: o EP “Eletro Bossa Nova”. Após reimaginar clássicos da música nacional – “Água de Beber” e “Dindi”, de Tom Jobim, e “Manhã de Carnaval”, de Luiz Bonfá -, agora o casal se volta para o afro samba de Baden Powell e Vinicius de Moraes ao recriar “Berimbau”. O EP com essas e outras faixas será lançado em fevereiro em todas as plataformas de música.

Ouça “Berimbau”: https://smarturl.it/BerimbauBananaScrait

“Berimbau” é uma das mais marcantes composições da parceria de Baden e Vinicius, um dos encontros mais produtivos da música brasileira. A colaboração prolífica entre o Poetinha, nos anos 60 já um dos medalhões da bossa nova, e o jovem violonista em ascensão direto da malandragem do samba e do choro, rendeu o marcante álbum “Os Afro-Sambas de Baden e Vinicius”, de 1966, incluindo “Canto de Ossanha” e “Canto de Xangô”, dois exemplos de canções que marcariam a nossa música para sempre. Porém, “Berimbau”, lançada alguns anos antes e regravada múltiplas vezes em pouco tempo, acabou ficando de fora desse repertório.

A faixa foi escolhida pelo duo Banana Scrait para personificar as múltiplas raízes da nossa música. Sem perder a essência da original, a releitura de Andrea Agda e Daniel Arruda ganha novos contornos.

“‘Berimbau’ tem suingue, tem axé. O afro samba é celebrado com essa vibrante versão eletrônica que flerta com o drum n bass mantendo o batimento do surdo de marcação do samba tradicional. O vocal desliza suave e é um convite para dança”, resume a dupla. 

A brasilidade sempre permeou o som de Banana Scrait, passando também por rock, pela psicodelia, pelo progressivo e pela música clássica. A abordagem do casal para o projeto “Eletro Bossa Nova” é uma interpretação para clássicos desse ritmo brasileiríssimo por natureza com uma vibração nova: da chillwave, lounge music e até o funk com batida sincopada.

O novo EP vem para somar à discografia de Banana Scrait, que surgiu para canalizar as influências roqueiras de Andrea e Daniel – entre elas, The Smiths, Breeders e Elastica. O sucesso no nordeste logo se amplificou para o sudeste. A primeira demo foi lançada pelo respeitado selo Midsummer Madness em 1995, seguida pelo álbum “Yes, We Have Bananas”, dois anos depois. Em 2001 viria o EP “Tecnotopia”, unindo seu som a elementos eletrônicos. 

Após um período de hiato em Recife e de volta a Fortaleza, o Banana Scrait trabalhou no disco “Giostra” (2015), mesclando releituras do maestro Alberto Nepomuceno com composições próprias. Ainda em 2015, viria o álbum “Voo”, que começou a ser gestado em Pernambuco reunindo forte influência da MPB e utilizando instrumentos como clarinete, saxofone, vibrafone, sintetizador, piano, ukulele, castanholas e trombone, além de baixo, guitarra e bateria.

Agora, Banana Scrait segue se reinventando com uma sequência de singles. Além de “Dindi”, “Água de Beber”, “Manhã de Carnaval” e “Berimbau”, “Eletro Bossa Nova” contará com “Favela” (Tom Jobim) e “Gentle Rain” (Luiz Bonfá). Enquanto isso, é possível ouvir os singles em todas as principais plataformas.

Ficha técnica

Andrea Agda – Voz e violão
Daniel Arruda – Rhodes e sintetizadores
David Brasileiro – Baixo
Produzido por David Brasileiro
Gravado no Sonido estúdio (CE) por David Brasileiro
Mixado e masterizado no Panorama estúdio (CE) por David Brasileiro

Acompanhe Banana Scrait:
https://www.bananascrait.com.br/ 
https://bananascrait.bandcamp.com/ 
https://soundcloud.com/bananascrait 
https://www.youtube.com/channel/UCVgpfgIGGhY6E0FU_CBig3g/featured 
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Diego Fernandes Escrito por:

Bebedor desenfreado de café, Diego é desenvolvedor front-end e professor. É o fundador do Duofox. Na literatura não vive sem os russos Tolstói, Dostoiévski e Anton Tchekhov e consegue "perder" tempo com autores da terra do Tio Sam, Raymond Chandler e Melville. Acredita que a arte de maneira geral é a única forma de manter o ser humano pelo menos acordado, longe do limbo que pode levar a humanidade à Encruzilhada das Almas.

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