Duo que une synthpop e dream pop, S.E.T.I. comemora 10 anos com single “Perder É Ganhar”

O S.E.T.I. abraça contradições e dualidades em um single que anuncia sua próxima fase. O duo paulista formado por Roberta Artiolli (voz e synths) e Bruno Romani (guitarra, baixo e programação) completa 10 anos de trajetória em 2022 e anuncia, com o single “Perder É Ganhar”, o novo  álbum, “Vivo”. A faixa traz o som entre o nostálgico e o futurista do projeto, dialogando estéticamente e liricamente com os dilemas atuais. 

Ouça “Perder É Ganhar”: https://onerpm.link/934684582734

Após explorar temas políticos e “macro” no disco “Supersimetria” (2018), o duo abraça temáticas intimistas sob uma perspectiva mais otimista – é um contraponto ao EP “Êxtase” (2015). Com o novo disco, a ideia é dar a volta por cima, mostrando que estamos “vivos” – daí o nome do próximo trabalho. Na nova faixa, a banda abraça as suas próprias dualidades. “A música fala sobre uma pessoa que pensou demais em ser alguém que não conseguia e que entendeu que muito do que parece uma derrota significa somente autopreservação”, explica Roberta. 

“Toda a proposta do disco novo em termos sonoros é olhar para os artistas dos anos 1980 que mais gostamos e aplicar uma linguagem mais atual. No caso de ‘Perder é ganhar’, a música olha para os discos do Depeche Mode do meio dos anos 1980 e aplica elementos que não estavam no arsenal da banda, como beat mais próximo do rap, guitarras melódicas e samples de voz tocando como teclados”, completa Bruno. 

Formado em 2012, S.E.T.I. explora samples, reverbs, eletronika e guitarradas. Caminhando entre dream pop e synthpop e sempre cantando em português, o projeto tirou seu nome da sigla em inglês para “Search for Extraterrestrial Intelligence” (busca por inteligência extraterrestre), utilizada para projetos e pesquisas sobre a vida fora da Terra. 

Na discografia, constam os EPs “Inviolável Fim” (2013) e “Êxtase”, além do álbum “Supersimetria”. Em 2016, o S.E.T.I. participou do disco “O Pulso Ainda Pulsa”, que homenageou e recebeu atenção dos Titãs. Dois anos mais tarde, foi a vez de colaborar com o disco “Das Verdades que Eu Sabia”, que homenageou e ganhou elogios de Guilherme Arantes. Em 2017, o S.E.T.I. foi escolhido pela marca de roupas Levi’s para participar do projeto Original’s Studio, o que rendeu a gravação do single “O Ilusionista” e a participação, decidida por votação popular, no show Casa Levi’s. 

Agora, Roberta Artiolli e Bruno Romani estão prontos para a nova etapa da trajetória de S.E.T.I., um projeto cuja busca nunca termina e cuja reinvenção se torna o ponto de partida para explorações sonoras e novas fronteiras criativas. Antecipando o disco “Vivo”, o single “Perder É Ganhar” está disponível nas principais plataformas de música.

Ficha técnica
S.E.T.I. é:
Roberta Artiolli (voz e synths)
Bruno Romani (guitarra, baixo e programação)
Música e letra por S.E.T.I.
Gravado ao longo de 2021 e 2022 no Cavalo Estúdio, em São Paulo
Produzido por S.E.T.I. e Gabriel Olivieri
Masterizado por Gabriel Olivieri
Design por Adriano Araujo
Fotos por Tiago Queiroz

Letra
Perder é ganhar
Eu fico treinando em frente ao espelho
Palavras que nunca ousei dizer
Sintomas reais, de alguma ilusão,
Que alguém criou pra confundir
Acordo bem cedo, escolho uma roupa
Que finge que sou o que não posso ser
Eu falo demais, que é pra não dar tempo
De alguém perceber que eu não falo por mim
E no fim, eu precisei perder
Só no fim, eu entendi porquê
Eu fico tentando ganhar as conversas
Com falas que nunca ousei dizer
Nunca ousei dizer
Calei meus desejos
Nem tentei brigar
Nunca ousei dizer
E no fim, eu precisei perder
Só no fim, eu entendi porquê
E no fim, eu precisei perder
Só no fim, eu entendi porquê

 

Diego Fernandes Escrito por:

Bebedor desenfreado de café, Diego é desenvolvedor front-end e professor. É o fundador do Duofox. Na literatura não vive sem os russos Tolstói, Dostoiévski e Anton Tchekhov e consegue "perder" tempo com autores da terra do Tio Sam, Raymond Chandler e Melville. Acredita que a arte de maneira geral é a única forma de manter o ser humano pelo menos acordado, longe do limbo que pode levar a humanidade à Encruzilhada das Almas.

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