Katerina L’dokova faz viagem sonora pela música folclórica de Belarus no álbum “Mova Dreva”

Cantos que chamam a primavera, celebram a saudade, dialogam com a tristeza, festejam casamentos. Em “Mova Dreva”, álbum de ethno jazz da cantora e pianista Katerina L’dokova – natural de Belarus e radicada em Portugal -, histórias folclóricas quase desaparecidas do imaginário popular ganham novo fôlego. O álbum já está disponível nas principais plataformas.

Ouça “Mova Dreva”:

Katerina L’dokova lidera um quarteto completo por António Loureiro (bateria, sintetizadores, produção e gravação), João Fragoso (contrabaixo) e Paulo Bernardino (clarinetes). Além de cantar, assinar todas as composições, arranjos, direção musical e piano, a artista realizou até a capa do álbum. “Mova Dreva”, que significa o “idioma da árvore”, ganha na capa um bordado delicado.

“É um projeto com o coração nas melodias tradicionais do meu país natal, que tem uma cultura maioritariamente pagã e focada na natureza, que me faz todo o sentido. Encontrei cantigas nas expedições dos anos 70 e decidi explorá-las. Das canções tradicionais nasceram composições com uma sonoridade de jazz, de música clássica, de música contemporânea e tradicional”, reflete. “Escolhi que a arte do disco saísse das minhas próprias mãos, para isso acontecer investiguei a simbologia centenária da Belarus. Aprendi a bordar e piquei os dedos todos enquanto criava os onze símbolos que estão na capa”, recorda com bom humor.

L’dokova é cantora, compositora, pianista e educadora cuja trajetória passa por alguns dos principais palcos, salas de concerto e festivais em Portugal, além de acumular passagens pelo Brasil, Canadá, Suécia, Espanha, França, Holanda e Índia. Licenciada em Piano Jazz pela Escola Superior de Música de Lisboa, atualmente se dedica ao mestrado em Ensino de Música (variante Jazz). Compõe e integra quatro projetos de música autoral. Em 2016, lançou o disco “Ledok”, seguido por “Travessia”, de 2019. Agora “Mova Dreva” vem para somar a essa discografia. 

“Procuro as semelhanças, junções e ligações entre as culturas, entre as pessoas e os seus costumes, procuro valores transversais. Faço por respeitar a natureza e relembrar que somos parte dela. Acredito na consciência que transforma o nosso olhar e a forma de tratar o próximo. Tento sensibilizar através do som, da canção, da dança e do amor que estou a aprender a espalhar”, resume a artista.

O ponto inicial de “Mova Dreva” é a cultura folclórica da Belarus natal de Katerina. Cada faixa é um conto musical, inspirado nas canções festivas que celebram os ciclos da natureza e da vida, já quase esquecidas pelas atuais gerações. A partir das suas pesquisas da tradição e costumes locais, ela cria um painel sonoro onde influências do jazz e da música clássica se mesclam a estilos contemporâneos.

Com uma sonoridade única no cenário português, projeto evoca multiculturalidade. Usando a música como fio condutor da diversidade e o folclore como exemplo das riquezas culturais de todo o mundo, “Mova Dreva” é um convite a se surpreender a cada faixa.

Ficha técnica

Produção, arte de capa do álbum, composição, pesquisa, arranjo, direção musical, piano e voz – Katerina L’dokova
Bateria, sintetizadores, produção musical e gravações – António Loureiro
Contrabaixo – João Fragoso
Clarinete e clarinete baixo – Paulo Bernardino
Trompete no “Idzem-Paidzem” e “Uspamin” – Diogo Duque
Flauta baixo no “Uspamin” – Diego Cortez

Gravado entre 2020 e 2021 no estúdio de som Musibéria, estúdio Vale de Lobos, estúdio Atlantico Blues, Valentim Carvalho por Suse Ribeiro

Mistura e Master por Marcelinho Guerra

Design por Studio RIMA

Apoiado por Fundação GDA e estúdio de som Musiberia 

Acompanhe:

https://katerinaldokova.com/ 
https://katerinaldokova.bandcamp.com/ 
https://open.spotify.com/artist/5r5JuV2FowaxIOFXNVjmAl 
https://www.instagram.com/katerinaldokova/ 
https://www.youtube.com/channel/UC_XhbQm0afAEQ4XhDUyvQVQ 
https://www.facebook.com/Katerinaldokovamusic 

Diego Fernandes Escrito por:

Bebedor desenfreado de café, Diego é desenvolvedor front-end e professor. É o fundador do Duofox. Na literatura não vive sem os russos Tolstói, Dostoiévski e Anton Tchekhov e consegue "perder" tempo com autores da terra do Tio Sam, Raymond Chandler e Melville. Acredita que a arte de maneira geral é a única forma de manter o ser humano pelo menos acordado, longe do limbo que pode levar a humanidade à Encruzilhada das Almas.

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