O trio Regulares conta em entrevista, como foi o processo de seu mais novo EP

Novo EP na praça, quando vocês começaram a desenvolver esse material?

Tocamos juntos como banda desde 2015 e começamos a compor as músicas em 2017, ano em que decidimos seguir em carreira autoral. Compusemos praticamente todos os sons, finalizando – os em 2018. Quando entramos em estúdio no começo de 2019 pra gravar os sons a gente trabalhou detalhes nas músicas, mas elas já estavam praticamente prontas.

Onde vocês optaram gravar e como teve o trabalho agregado do Billy Maia?

Optamos gravar no Estúdio Sonzeria em São Bernardo do Campo com o Felipe Sonzeria que é proprietário do estúdio e é o cara quem produziu , captou, mixou, e masterizou todo o EP, escolhemos o estúdio pois a gente tinha boas referências, gravamos alguns sons lá pra um festival que foi promovido pelo estúdio, o Batalha de Bandas 3, que foi um evento bem bacana e gostamos muito de participar, como gostamos do estúdio e como já estávamos procurando um estúdio para gravar as músicas que viriam a ser nosso EP conversamos com o Felipe que foi muito gente boa e nos ajudou bastante durante todo o processo. Gravamos uma pré-produção para preparar os detalhes e logo iniciamos todo o processo que transcorreu ao longo de todo o ano de 2019 praticamente.

A nossa parceria com a Dinamite Records aconteceu quando a gente já tinha todo o EP pronto, musicalmente finalizado por assim dizer. Então os trabalhos foram mais no planejamento do lançamento dos dois singles e do EP que já ocorreram pelo selo, toda a parte de divulgação, promoção em redes sociais, sites, blogs, a arte da capa foi feita pela Vitor Graf “Bizibeize”, que é do selo, que criou todo o conceito e a capa dos singles também, nosso logo. A ajuda deles foi muito importante no planejamento e execução de tudo isso, então podemos dizer que toda a pós produção do EP foi feita nessa parceria.

Muito da sonoridade remete aos anos 90, som alternativo, quiçá algo do garage e até grunge, estamos enganados?

Não, estão corretos sim. Nosso som é diretamente influenciado por dois movimentos sonoros do rock anos 90, o grunge de Seattle através de influências como Nirvana, Mudhoney, Alice in Chains, Soundgarden, assim como o Stoner Rock nascido nos desertos da Califórnia como, Kyuss, Queens of The Stone Age principalmente, entre outras bandas…no caldeirão também vão bandas alternativas como Bush, Pixies, Joy Division, Black Sabbath, Ramones e mais algumas, a grande maioria dos anos 90/2000.

Vocês se inspiraram em algum disco pra criação do Float ou as ideias foram fluindo naturalmente?

As ideias foram fluindo e culminaram nesse resultado, o Float surgiu como um apanhado de canções que expressam nossas ideias, opiniões, aspirações e inspirações, Float significa flutuar, que nesse contexto surge como motivo de viver, de sobreviver mesmo. Os temas das canções vão desde a nossa relação com elementos da natureza como em Skyline Horizon, Desert Song e Cosmic House, como temas cotidianos como em Diving With You, Work Day…é sobre nós 3 tentando viver um pouco de arte em meio a nossas existências e sobrevivência nesse sistema capitalista, nosso dia a dia desgastante e cansativo. Então a inspiração surgiu da nossa vontade de expressar nossas ideias mesmo, e não de algum disco específico.

Como é a fase de composição dentro do grupo? Como dividem essas tarefas?

Nosso processo de composição parte quase sempre de uma ideia instrumental trabalhada em conjunto no estúdio, um riff, melodia, ou mesmo um “esqueleto” de canção que parte da guitarra ou baixo e que exercitamos juntos nos ensaios. Depois dessa primeira fase meio que consolidada, “eu” Vinícius escrevo a letra, componho o solo (quando ocorre solo) e vamos lapidando juntos nos ensaios até que a canção tome sua forma final.

Quem é responsável pela criação da capa do EP, e o que ela representa pra vocês?

O responsável pela criação tanta nas capas do EP e dos singles que lançamos pela Dinamite Records, quanto nosso logotipo oficial foi o artista Vitor Graf “Bizibeize” guitarra e vocal “banda foda alias, ouçam”, e um grande brother que conhecemos através do selo. Nós dissemos para ele a ideia e o conceito sobre o nome do EP e com essas referências ele criou a capa e também nosso logo com as letras baseada na capa. Gostamos muito do resultado e essas artes representam uma ideia visual do nosso som, pesado, distorcido mas que ao mesmo tempo é organizado e coeso.

Anteriormente vocês tinham trabalhado num single “Diving with you”, como foi a recepção desse material?

Tivemos um bom retorno do pessoal que nos segue nas redes sociais, bons comentários, bem receptivos acerca da qualidade do som, da gravação que ficou bem legal, o pessoal que nos conhece pessoalmente, amigos que ouviram reagiram bem também, e ja nos questionando sobre quando iria sair o álbum completo…enfim foi uma recepção bem bacana, ficamos bastante satisfeito.

Como surgiu a parceria com a Dinamite Records?

Eu “Marcio”, estava procurando algum selo para ter uma parceria para lançar o EP, achei que seria interessante, entre as buscas acabei conhecendo a página do instagram da Dinamite Records, vi que tinha muita banda bacana, acabei achando bem interessante o casting deles, bandas como a própria Bizibeize, Blizterin Sun, Little Quake, Frogslake entre outras, Entrei em contato diretamente com o Billy Maia, falei sobre o interesse, nossos planos, mostrei o EP pra ele e foi só sucesso daí pra frente, ele curtiu os sons, curtiu as ideias da banda, e começamos a trabalhar juntos.

Além da divulgação do registro, quais as próximas metas?

Além da divulgação do Float estamos programando o retorno aos ensaios, preparando nosso repertório com as músicas do EP, canções inéditas e composições que ainda estamos trabalhando, estamos planejando um “ao vivo” que vai rolar provavelmente no segundo semestre deste ano, estamos trabalhando na produção do merchan da banda, camisetas, adesivos, e tá rolando a produção de um clipe pelo Gustavo Borges da “Bizibeize” pra ser lançado ainda esse ano. Isso é tudo que podemos adiantar por enquanto, podem vir mais surpresas por aí, mas de concreto é isso.

LINKS:
https://http://bit.ly/regularesfloat
https://www.facebook.com/bandaregulares/
https://www.instagram.com/bandaregulares/

*Entrevista cedida por German Martinez (GMF Assessoria)

Diego Fernandes Escrito por:

Bebedor desenfreado de café, Diego é desenvolvedor front-end e professor. É o fundador do Duofox. Na literatura não vive sem os russos Tolstói, Dostoiévski e Anton Tchekhov e consegue "perder" tempo com autores da terra do Tio Sam, Raymond Chandler e Melville. Acredita que a arte de maneira geral é a única forma de manter o ser humano pelo menos acordado, longe do limbo que pode levar a humanidade à Encruzilhada das Almas.

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