Porque assistir Drive do diretor Nicolas Winding Refn?

Pergunta fácil de ser respondida, num mar de filmes de ação sem história ou com histórias rasas, Drive destaca-se justamente pela simplicidade de sua história, direção de Nicolas Winding Refn (diretor do excelente Bronson) e com atuação Ryan Gosling e Carey Mulligan.

Ryan Gosling é um dublê sem nome. Na trama, entre trabalhos em Hollywood e em uma oficina mecânica, serve de motorista de fuga para quem contratar seus serviços como freelancer. Nunca questiona o trabalho, “faz o que precisa ser feito”. Entretanto quando decide ajudar o marido (Oscar Isaac) de sua bela vizinha (Carey Mulligan) em um assalto suspeito, o dublê se envolve num esquema sujo e injusto, se vê encurralado por seu código moral impiedosamente.

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E tudo roda em torno de Ryan Gosling, não representado como herói, mas como a própria justiça personificada. O “Piloto” lembra um personagem dos antigos clássicos de Hollywood, como um detetive Noir do filme Relíquia Macabra interpretado por Humphrey Bogart.

Outro ponto alto são as cenas de perseguição do filme parecem possíveis de serem realizadas no mundo real, e não apenas nas telas do cinema. Tirando aquela estética de filme impossível.
A fotografia dispensa comentários, o Ryan Gosling sempre aparece de forma icônica, aliás ele fala bem pouco no filme, como no ato inicial, onde seu personagem fica mais de 9 minutos sem soltar uma palavra e mesmo assim é espetacular sua atuação!

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Se eu dirigir para você, terá seu dinheiro. Você me diz onde começamos, onde vamos e onde vamos depois. Eu te dou cinco minutos quando chegarmos lá. Qualquer coisa que acontecer nesses cinco minutos, eu sou seu. Não importa o que aconteça. Qualquer minuto antes ou depois e você está por conta própria. Eu não carrego uma arma. Eu dirijo.

Em resumo DRIVE, é um filme com uma estética dos anos 80, até a jaqueta ensanguentada com símbolo de um grande escorpião nas costas remete a outra época. É um filme com grande apelo visual, boas atuações e ótima direção, vale a pena conferir.

 

Diego Fernandes Escrito por:

Bebedor desenfreado de café, Diego é desenvolvedor front-end e professor. É o fundador do Duofox. Na literatura não vive sem os russos Tolstói, Dostoiévski e Anton Tchekhov e consegue "perder" tempo com autores da terra do Tio Sam, Raymond Chandler e Melville. Acredita que a arte de maneira geral é a única forma de manter o ser humano pelo menos acordado, longe do limbo que pode levar a humanidade à Encruzilhada das Almas.

Um comentário

  1. novembro 12, 2014
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    Estética assumida mesmo nesse filme. Ótima escolha para uma resenha! Já vi muitas vezes, além da trilha sonora maravilhosa! Parabéns e inclui as redes sociais aqui para compartilharmos, rs.

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