Clipe ‘Dias Perdidos’ da Eletroacordes provoca reflexão sobre pandemia

Glamourizar o tema da pandemia está longe do propósito do clipe “Dias Perdidos” da Eletroacordes banda. Pelo contrário, busca provocar uma reflexão sobre os momentos de confinamento, sonhos interrompidos ou as sequelas do drama de ser contagiado. O vídeo produzido em  dezembro, com duração de 4’47” e de forma independente, ouça aqui:

 

A canção inédita, também gravada individualmente de forma remota na produtora Casa Sonora em Porto Alegre, faz parte da coletânea ‘Doces Doze Doses’, lançada em outubro em mídia física e nas plataformas da OneRPM. Já o vídeo, registrado quase artesanalmente, em P&B, traz uma atmosfera contemplativa. Porém, a leveza do arranjo – diferente da pegada ‘rocker’ habitual da Eletros – com contornos acústicos e direito aos sons de violões, percussão e harmônica, sugere uma abordagem mais reconfortante para o tema.

Dos escassos projetos promovidos pelo trio gaúcho em 2020, o clipe “Dias Perdidos” busca preencher uma lacuna no formato audiovisual imposto justamente pelas restrições da pandemia. Aliás, foi a partir do distanciamento social, a inspiração para descrever a situação de baixa estima individual ou coletiva, como diz a letra:…“Nem lei, nem por decreto, ninguém ficou por perto. Dias Perdidos, Sonhos interrompidos”.

As locações e poucas externas do clipe, sempre obedecendo os protocolos de higienização e distanciamento, evidenciaram ainda um olhar e perspectiva intimista. A caracterização das imagens em ângulos mais fechados é pertinente ao cenário mais peculiar de identificação de isolamento.

A Eletros já lançou três EP’s anteriores, além da coletânea. “Dias Perdidos” é o sétimo clipe roteirizado da banda. A direção e produção do vídeo ficou por conta do músico integrante da Eletroacordes, Rodrigo Vizzotto pela Eletros Record, com a participação do guitarrista Luis Tissot. Já a Produção Executiva da canção é de Wagner Rodrigues (Casa Sonora). Para saber mais da banda ou ouvir as composições nas plataformas, acesse https://linktr.ee/eletroacordes

Diego Fernandes Escrito por:

Bebedor desenfreado de café, Diego é desenvolvedor front-end e professor. É o fundador do Duofox. Na literatura não vive sem os russos Tolstói, Dostoiévski e Anton Tchekhov e consegue "perder" tempo com autores da terra do Tio Sam, Raymond Chandler e Melville. Acredita que a arte de maneira geral é a única forma de manter o ser humano pelo menos acordado, longe do limbo que pode levar a humanidade à Encruzilhada das Almas.

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