Guitarrices e outras pegadas com a banda Marianaa

1-Antes de qualquer coisa, fale um pouco sobre o surgimento da Marianaa?
David: Essa formação surgiu a partir da nossa amizade. Antes da gente ser um trio Danilo tocou a banda sozinho por um tempo. Minha entrada e do Berna foi natural, além de sermos amigos, a gente já tocava junto em outras bandas há algum tempo. O primeiro show com essa formação foi em 2014.
Berna: Depois a gente ficou meio afastado do projeto por um tempo, o David ficou quase um ano fora, mas voltamos a pegar forte em 2016 já trabalhando no álbum.
2- Quais as influências da banda?
Berna: É sempre meio foda falar disso porque acho que acabaram ligando muito a gente ao midwest emo e tal por conta de algumas músicas do sdds role lixo. Lógico que é foi uma influencia sim, mas acredito que o rock alternativo em geral dos anos 90, e a pegadinha mais lo-fi foram a parada desse nosso role, além da música brasileira que tá bem forte lá se você não focar nos dedilhadinhos.
3- Duas guitarras sem distorção? Qual foi o caminho para chegar neste denominador comum?
Dani:Toda banda que tivemos sempre houve um tipo de padrão que era o de usar mil pedais, efeitos e fazer as guitarras de uma forma que ela estivesse sempre preenchida, seja com delay ou reverb ou qualquer outra coisa. Na mari acho que a gente entendeu que o som ele tem que ter seus espaços, silêncio e sei lá, a gente viu nessa simplicidade (técnica) uma forma de sair da zona de conforto e obrigar a gente a encontrar uma forma nova de pensar as músicas. E também levamos em conta que menos efeito é menos cabo e menos problema pra pensar.

 
4-As letras são bem intimistas, conte-nos um pouco sobre as composições?
Dani: Eu (e acho que dvd tb) sempre curtimos a ideia de falar sobre coisas comuns da nossa rotina, nossa cidade e etc. Acho que dentro dessa ideia as letras acabam tendo essa pegada mais intimista, pq a gente usa nossas girias, nossas formas de trocar ideia, os bares q a gente vai e os acontecimentos triviais que a gente presencia ou não. acho que é o único jeito que a gente sabe se expressar e são as unicas coisas que a gente se sente a vontade pra escrever sobre.
5-O disco “sdds role lixo ” foi gravado de que forma? Nos fale um pouco sobre o processo de gravação deste registro?
Berna: A gente gravou com nosso amigo Rafael Rezende(Panorama Dreams, Lola), da Beira Rio Records. Como a gente já tinha amadurecido bem o projeto por quase dois anos a gente preparou tudo na antiga casa do David e gravou a parte instrumental toda em uns dois dias. Na época todo mundo morava muito perto aqui em Campos, então isso facilitou muito. Depois o Rafa voltou pra Macaé e finalizamos por lá o que faltava. A gravação foi a parada mais simples, as situs mais interessantes acho que aconteceram nesse processo anterior mesmo. Mas é isso, foi tudo feito em casa sem cutcharra.
6-Diz aí, 5 livros/HQ’s, 5 filmes e 5 discos favoritos que você levaria para uma ilha deserta?
A gente fez um catadãozinho da mari aqui e cada um indicou algumas coisas.
Livros/HQ’s – umbigo sem fundo, megahex, boa noite punpun
Filmes – Frances Ha, Milennium Actress, Cidadão Kane
Discos – Lanquidy -sun ra, summer sun – yo la tengo, Dusk At Cubist Castle – The Olivia Tremor Control, Meu corpo… – Pessoal do Ceará

7-Qual mensagem/conselho você deixaria aqui para bandas iniciantes? De que forma podem produzir seus discos e divulgá-los?
David: Posso falar da nossa experiência. No sdds role lixo a gente passou quase dois anos trabalhando nas músicas, se entrosando, compartilhando ideias, etc. A preocupação em divulgar apareceu na parte final desse processo. Acho que é importante aproveitar ao máximo os aprendizados de cada etapa e ter paciência pra deixar o trabalho fluir da maneira mais natural possível. Dessa forma fica melhor de entender que decisões precisam ser tomadas em cada caso.
Berna: Lacrou.

 

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Diego Fernandes Escrito por:

Bebedor desenfreado de café, Diego é desenvolvedor front-end e professor. É o fundador do Duofox. Na literatura não vive sem os russos Tolstói, Dostoiévski e Anton Tchekhov e consegue "perder" tempo com autores da terra do Tio Sam, Raymond Chandler e Melville. Acredita que a arte de maneira geral é a única forma de manter o ser humano pelo menos acordado, longe do limbo que pode levar a humanidade à Encruzilhada das Almas.

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