Lucky Lupe – duo instrumental de Post-Rock direto de Portugal

Entrevista com David Ferreira, guitarrista/baixista da banda portuguesa Lucky Lupe.

LuckyLupe

1 – De onde vem o nome Lucky Lupe?

O nome surgiu de uma brincadeira, Lucky = Sorte (no início da banda e por falta de experiência com o nosso formato, era uma sorte acertar bem as gravações dos Loops, daí o Lucky), Lupe- em associação aos loops não queríamos que fosse tão obvio daí pensámos em Lupe que soa parecido com Loop 🙂

2 – Por que um duo?

Bom, um duo porque achamos que era o suficiente, eu toco o doubleneck de guitarra e baixo mais os synths e controlo os loops, e o baterista ficou com a bateria acústica e o SPDSX. O fato de serem só 2 também facilita no processo criativo no sentido que há mais espaço para a criatividade individual, numa banda de 4 ou 5 elementos já é muita gente a dar ideias ….

3 – Como foi o processo de gravação do EP?

Foi bem simples, fizemos uma pré-produção com todos os temas que queríamos gravar, fizemos uma espécie de “guias” e o baterista gravou primeiro as baterias, e depois gravamos o resto dos instrumentos, foi tudo feito em 2 dias no nosso estúdio, com o apoio de um amigo (Bruno Plattier) que tratou das captações, misturas e masterização)

4 – Como funciona ao vivo, já que é um duo e o som da banda é repleto de texturas e programações?

Se fores ver qualquer um dos nossos vídeos, vais reparar que é tudo tocado em real time, ou seja, não há nada pré-gravado ou programado, todos os sons são tocados na hora, ao vivo é só uma questão de estarmos MUITO bem ensaiados e com a cabeça e ouvidos no lugar 🙂 , é meio pesada a coisa principalmente para mim que tenho de me lembrar de todas as malhas, acertar todas as gravações nos loopstations, ter de me lembrar que pedais tenho de ligar/desligar, os sons dos synths, tocar bem as coisas e tentar divertir me um pouco, uma vez num show nosso no CCSP uma das bandas que tocou conosco veio falar comigo e a dizer qualquer coisa do tipo: Cara nesse seu trampo não dá para tocar chapado, foi uma grande risada porque é verdade, tens de estar totalmente focado na coisa, senão vai correr mal 🙂

5 – Fale-nos sobre as influências da banda?

As influencias são na verdade todo o nosso percurso enquanto ouvintes de música, e como músicos, seria injusto nomear uma ou outra banda, porque na verdade ao longo da nossa vida já escutamos tanta coisa que nos agradou e influenciou que se torna meio difícil dizer uma ou duas bandas ….

6 – Quais os planos do Lucky Lupe para 2016?

Os nossos planos são continuar a promover com shows o disco de estreia, saiu no Brasil dia 3 de dezembro de 2015 e em Portugal dia 7 de janeiro, é bem recente, além disto queremos acabar umas músicas novas para as gravar no decorrer de 2016, a nossa ideia será ter novo disco cá fora no final de 2016

7- Diz aí, 5 livros/HQ’s, 5 filmes e 5 discos favoritos que você levaria para uma ilha deserta?

Pergunta difícil… Bom, o Show do Jeff Beck no Ronnie Scotts de Londres é sem dúvida a melhor aula de guitarra que já assisti na vida, é de fato maravilhoso, levava esse DVD, depois levaria qualquer um dos 4 primeiros discos dos Van Halen (foi por culpa deles que comecei a tocar guitarra), levaria também um disco dos Police, um disco dos Kraftwerk, talvez o Substance dos Joy Division, um disco dos Rolling Stones, o Breezin do George Benson, o Nevermind dos Nirvana… acho q já passei a conta eheheh… levava aqueles clássicos que me marcaram….

8-Qual mensagem/conselho você deixaria aqui para bandas iniciantes?

Bom, o principal é fazerem musica porque gostam de fazer música, estar na música por amor á música e não porque querem ter sucesso ou ser famoso… Não desistir, fazer a música que gostam, e procurar aprender o mais possível, como? Escutando muita música!!!

Fanpage do Lucky Lupe

Diego Fernandes Escrito por:

Bebedor desenfreado de café, Diego é desenvolvedor front-end e professor. É o fundador do Duofox. Na literatura não vive sem os russos Tolstói, Dostoiévski e Anton Tchekhov e consegue "perder" tempo com autores da terra do Tio Sam, Raymond Chandler e Melville. Acredita que a arte de maneira geral é a única forma de manter o ser humano pelo menos acordado, longe do limbo que pode levar a humanidade à Encruzilhada das Almas.

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