“- Não entre em campo, sem antes beijar o gramado! ”
Quem nunca ouviu essa máxima clássica, das grandes partidas de futebol, ou até mesmo levada em sentido figurado para um belo encontro de almas no ato sexual?
Nesta resenha de hoje, ganha um novo sentido: “a de que só toco, se for para sair do corpo!”
Sergio Ugeda segue essa linha sempre em suas inúmeras empreitadas musicais e com este lançamento de Águas (seu mais novo projeto), a gente consegue entender um pouco desse artista incansável atrás da sua sonoridade perfeita, fugindo do que pode limitar sua musicalidade e de que tanto aprendemos a admirar.
Aliás, falando no artista, a sua contribuição para o cenário independente é vasta e grandiosa. Ele é o cara das inúmeras bandas, todas levadas com paixão e comprometimento com a música, além de ter na bagagem histórias de roles maravilhosas, que de tão aleatórias, deixariam Zeca Pagodinho e Ronaldinho Gaúcho estagnados nessa matéria (vide ep.57 e ep.64 do nosso podcast Abutres não ouvem jazz).
Águas tem pouco mais que 7 minutos, contém duas faixas belíssimas instrumentais, numa vibe experimental, ao estilo de quem procura a calmaria, a paixão, a reflexão, a inspiração para se viver dentro do caos atual.
As músicas – A mim ao menos e Zeballos – sem completam como água e a sede de quem a bebe e devem entrar na sua playlist diária. Não perca tempo com bobagens e aproveite a vida ouvindo esses singles.
#Abutres não ouvem jazz – EP64 – Wes Montgomery & Han Bennink
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