Curtindo postagens aleatórias

O mundo está se esvaziando e ruindo aos poucos. A onda de mortes e máscaras cresce e as distâncias vão pouco a pouco diminuindo.

O caos e desespero de ficar longe de quem se ama, de quem nos faz bem ou mal veio como um enorme ciclone, balançando e jogando todos pra longe.

É interessante observar como apesar de tudo, em meio a multidão de rostos e sorrisos encobertos por tecidos que tentam barrar um vírus mortal ainda se possa encontrar algo belo e agradável.

Alguém disposto a sorrir ou nos fazer enxergar os detalhes de uma vida que antes era só rotina e códigos de barras com data de vencimento.

O fato de estarmos mais reclusos e cismados com tudo o que possa nos contaminar não nos impede, ou pelo menos não deveria nos impedir de fazer pessoas felizes ou encontrar soluções para as dificuldades dessa vida.

Já pensou em ligar para aquele amigo que faz tempo que você não vê?

Que tal tentar contato com aquele seu irmão que está meio afastado dos diálogos familiares, ou ainda, quem sabe, chamar o cara ou garota de quem você vive curtindo postagens aleatórias no Facebook ou Instagram pra conversar de verdade?

A vida passa. As pessoas passam e só o que fica é o capim sobre a cova. Já dizia um autor de quem não me lembro.

Pensando bem, minha memória está uma merda ultimamente, acho que estou amando e odiando certas coisas ou desisti de fazer mais da metade de tudo que escrevi aqui. Bem é a vida.

Felipe Terra Escrito por:

Professor e amante da arte literária, atua na área da educação desde 2011. Viciado na música de Bach, Mozart e Chet Baker, e na literatura de Raymond Chandler, Ross Macdonald e Paul Auster. Ama escrever e acredita que poderia ler mais, porém, precisa dormir, infelizmente. Consegue passar horas jogando pôquer ou xadrez com os amigos. Degustar pizzas de queijo e bacon é um dos passatempos prediletos em horas de fome extrema.

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